Os agrupamentos cidadãs Alternativa Espanhola (AES) e E-Cristians rechaçaram a iniciativa de Iniciativa de Catanluya Verds (ICV) para que o Congresso reprove publicamente, como fez a Bélgica, as recentes declarações do Papa Bento XVI sobre os preservativos e a AIDS.

 

AES expressou seu apoio sem reservas ao Pontífice e rejeitou "que se exponha a possibilidade de enviar uma protesta oficial à a Santa Sé pelas manipuladas e tergiversadas declarações de Bento XVI com ocasião da sua viagem à África em torno à distribuição de preservativos como solução para a AIDS".

 

Por sua parte, E-Cristians recordou que "o Congresso dos Deputados não é ninguém para intrometer-se no âmbito das considerações morais que de uma posição religiosa se podem ser manifestadas, porque ao atuar desta maneira se atenta contra o princípio constitucional de neutralidade do Estado. As palavras do Papa, à diferença das decisões de um governo, não têm nenhum valor coercitivo e são assumidas livremente por cada pessoa no marco do exercício da liberdade religiosa".

 

"Apresentar sérias reservas, tal e como tem feito Bento XVI, sobre o uso do preservativo como medida exclusiva para combater o AIDS é uma questão que forma parte do Magistério ordinário da Igreja, ao que as pessoas se aderem voluntariamente. Deste modo governantes africanos e peritos na luta contra a AIDS coincidiram no sentido das apreciações do Santo Padre", adicionou.

 

Do mesmo modo, precisou que "o Papa é um chefe de estado, a Santa Sé, e como tal não pode ser agredido pelas instituições de governo de outro país sem que este fato tenha graves repercussões".

 

"E-Cristians pede aos grupos parlamentares que por respeito à instituição que representa a todos e para evitar um desnecessário conflito com os católicos, rejeitem a iniciativa do ICV de maneira que esta manifeste, com desamparo no Congresso, o seu caráter injusto e arbitrário", conclui.