O novo Arcebispo de Valência, Dom Carlos Osoro, assinalou em uma recente entrevista que embora "existem dificuldades próprias de nossa cultura para evangelizar que vêm de muitas instâncias", a Igreja Católica "existe para evangelizar, para pregar e ensinar".
Em diálogo com Religião Digital, o Prelado disse que "a mim o que me preocupa é que entendamos os cristãos, que segue sendo verdade que evangelizar constitui a sorte e a vocação própria da Igreja, sua identidade mais profunda. Pois a Igreja existe para evangelizar, para pregar e ensinar, para ser canal do dom da graça, para reconciliar aos homens com Deus, para perpetuar o sacrifício de Cristo".
"A grande preocupação da Igreja deve ser recuperar o entusiasmo do anúncio, sabendo onde pisa e as dificuldades que tem diante, sem arredar-se ante as dificuldades nem ficar a chorar permanentemente", adicionou.
A Igreja, continuou, "tem sempre saídas para confrontar tudo, pois as dá seu Senhor. Minhas preocupações vão por aqui. Com a força de Deus ninguém pode descristianizar, pois Ele é quem tem o poder e a força e a glória".
Ao falar sobre o projeto de lei que liberalizaria ainda mais o aborto na Espanha, impulsionado pelo Governo do PSOE, o Arcebispo recordou que "a Igreja defende a vida. E está em jogo uma cultura: ou a da vida ou a da morte. A Igreja por mandato de seu Senhor defende, quer, prega a cultura da vida. E a hierarquia temos que exercer o magistério sobre a vida, e devemos fazer tudo aquilo que achemos necessário para defender a vida, com os meios legítimos de toda sociedade democrática".
Ao mesmo tempo, prosseguiu, " temos que fazer possível que os cristãos sejam autênticas testemunhas. São eles que têm que fazer esta defesa no meio do mundo com os meios legítimos que temos a nosso alcance para defender e propor a cultura da vida e fazer a defesa da vida".
Se referindo ao feito de sair às ruas para anunciar esta defesa da vida que sempre faz a Igreja, Dom Osoro questionou: "por que os cristãos não vão poder expressar isto publicamente? Não fazê-lo seria negar o mistério da Encarnação. Mas o mais valioso para a defesa da vida, é fazê-lo com o testemunho".
Na entrevista o novo Arcebispo de Valência comentou também que a Igreja na Espanha deve "viver com paixão sua identidade de Igreja de Cristo. Ouvir a chamada à conversão. Jesus Cristo está vivo em sua Igreja e é fonte de esperança para a Igreja e para todos os homens. É hora de nos decidir os cristãos de vez e para valer a ser transparência real do Ressuscitado, vivendo em íntima comunhão com Ele".