Ao receber nesta sexta-feira os membros do conselho Post-sinodal da Assembléia Especial para a Ásia, o Papa João Paulo II insistiu na necessidade de evangelizar a Ásia, tendo em conta a pluralidade de etnias e culturas do grande continente.

Depois de agradecer aos membros por sua contribuição à redação da exortação apostólica “Ecclesia in a Ásia” como por seu interesse em aplicá-la no continente asiático, o Papa João Paulo II destacou a importância do  “proveitoso diálogo” que é hoje especialmente urgente na situação asiática de múltiplas etnias, religiões e culturas, onde o cristianismo muito freqüentemente é considerado um pouco estranho”.

Observando depois o grande número de jovens da Ásia, afirmou que era ao mesmo tempo “um motivo de otimismo porque as novas gerações, cheias de promessas, estão dispostas a dedicar-se completamente a uma causa, e uma meta porque os sonhos não cumpridos engendraram somente desilusões”.

“Além disso -destacou-, a Igreja quer contribuir à causa da paz na Ásia, onde uma série de conflitos e atentados terroristas causaram a morte de numerosas vidas humanas.”

O Santo Padre prosseguiu assinalando que “para anunciar com profundidade o Evangelho na Ásia é necessário que a fé penetre em todas as facetas da vida dos fiéis”. “Especialmente quando sofrem e não são livres de professar sua fé, o Reino de Deus deve ser proclamado com ‘um silencioso testemunho de vida’, levando a cruz e seguindo os passos de Cristo, que sofre e é crucificado, esperando pacientemente o dia em que haja plena liberdade religiosa”.

Não desanimem –concluiu- mesmo que o rebanho da Ásia seja pequeno. A eficácia da evangelização não depende do número. Cristo nos ensinou que o que é pequeno e está escondido aos olhos dos homens, pode obter resultados inesperados, graças à intervenção onipotente de Deus”.