Centenares de católicos em República Dominicana participam desde esta segunda-feira na campanha de coleta de 100 mil assinaturas contra a descriminalização do aborto que o Congresso se dispõe a sancionar.
As assinaturas acompanharão uma petição ao Congresso para que se mantenha em vigência o artigo 30 da Reforma Constitucional que se discutirá este ano e que afirma que “o direito à vida é inviolável da concepção até a morte”; e o artigo 44 que indica que “o matrimônio de um homem e uma mulher é o fundamento legal da família”.
“Sabemos que há médicos açougueiros, há legisladores que gostam de comercializar com a vida, há gente que tem autoridade e que vive disso, então os que não pensamos assim ficaremos sempre batendo de frente”, assegurou o Cardeal Nicolás de Jesus López Rodríguez, ao lançar a  campanha.
“O aborto é uma pena de morte, queiram ou não queiram reconhecê-lo, ou seja que uma criatura que está no ventre de sua mãe, a quem ninguém pediu opinião para vir neste mundo, por que o vão matar agora sem conultar?”, adicionou o Cardeal.
As feministas vieram impulsionando uma campanha para legalizar o chamado aborto “terapêutico”, quer dizer, em caso de risco para a vida da mãe, que o atual código penal dominicano não aceita.
As organizações pró-vida responderam assinalando que na atualidade não existem fundamentos médicos nem científicos para este tipo de aborto, pois as circunstâncias que exigem escolher entre a vida da mãe e do filho por nascer desapareceram na prática.
As organizações feministas e abortistas também permitem o aborto por violação.
Os pró-vida também rechaçaram as estatísticas das feministas, segundo as quais  no país se registrariam 82.000 abortos ao ano. “Esta cifra não só é tirada do nada, senão que contradiz todas as estatísticas existentes”, assinalam as organizações pró-vida.