A Dra. Gádor Joya, Porta-voz da organização pró-vida espanhola “Direito a Viver” (DAV), denunciou que a reunião que tiveram nesta quinta-feira a Ministra de Igualdade Bibiana Aído, e representantes da posição contrária ao projeto de lei que pretende ampliar o aborto na Espanha, foi “um meio de propaganda para dar a impressão de que escuta à sociedade”.
A Dra. Joya, que assistiu à reunião com dois professores e um doutor em representação dos mais de 2 mil cientistas assinantes da “Declaração de Madri” a favor da vida, denunciou ao concluir a reunião que “esta manhã Aído fez a valoração final da ronda de contatos sem ter nos escutado”.
“Durante as horas prévias à entrevista com os defensores do direito a viver, a ministra esquentou o encontro confirmando às feministas que, assim que tenha o anteprojeto redigido de reforma da lei, voltará a chamá-las para consultá-lo com essas organizações”, explicou Joya.
Segundo os participantes do encontro, “Aído manipulou e tergiversou o conteúdo da Declaração de Madri ao declarar que o Governo ‘defende a vida tanto como as associações anti-abortistas, mas não pode submeter-se a critérios religiosos extremos’, quando o que desde o DAV lhe colocam, é que se contemple a gravidez da mulher de um ponto de vista científico”.
Joya qualificou a reunião de “brincadeira”. “Fomos convocados por último e, além disso, o fez pela tarde. A ministra tratou assim de diminuir as possibilidades de que a mensagem a favor do direito à vida entre nas edições dos meios de comunicação. Onde fica o respeito que diz sentir pelos cidadãos?”.
“A ministra Aído –continuou Joya– recebeu a 20 grupos abortistas e apenas a duas organizações defensoras da vida. O Governo ignora ao povo e aos cientistas e vai continuar com seu projeto abortista só por dois motivos: os ideológicos e os econômicos”.
“Querem implantar o aborto livre levados de uma ideologia radical e para apoiar o negócio do aborto. À ministra pedimos uma coisa: que pare seu projeto de lei de prazos, mas nos ignora. Também lhe pedimos que encarregue outro informe de peritos que apostem pela vida, mas não queria nos escutar”, acrescenta a porta-voz do DAV.
O encontro com Aído “não foi outra coisa mas um palanque, um meio de propaganda para dar a impressão de que o Governo escuta à sociedade”, concluiu Joya.