Os representantes de mais de 2.000 famílias exigiram ser recebidos pelo Presidente da Junta de Castilla e León (Espanha) Juan Vicente Herrera, para discutir com ele sobre seus questionamentos à controvertida matéria de “Educação para a Cidadania” (EpC), logo que o Conselheiro de Educação da região recusou reunir-se com eles.

Em 3 de março passado, as distintas plataformas que representam às famílias que apresentaram objeções de consciência contra EpC, dirigiram-se ao Conselheiro de Educação para solicitar uma reunião urgente.

Diante da falta de resposta, reiteraram sua solicitude dez dias mais tarde.

Os pais assinalam que sua intenção é encontrar uma solução dialogada ao conflito que opõe à pátria potestade com a intenção do estado de difundir uma agenda ideológica.

Segundo Marisa Pérez Toribio, de Sória Educa em Liberdade”, a primeira plataforma de pais objetores, as reuniões com o Conselheiro de Educação em meados de 2008 não ressultaram em “uma solução conjunta a este conflito, pela negativa do Conselheiro a admitir nenhuma das soluções colocadas pelos pais, a diferença do que estão fazendo outras Comunidades governadas pelo Partido Popular, que sim estão oferecendo alternativas e avaliando aos alunos objetores que permanecem fora de aula”.

“Essas soluções existem; o Conselho tem competências para adotar medidas que resolvam o conflito. Não entendemos, mais uma vez, esta postura do Conselheiro”.

Diante desta negativa por parte doConselho, os representantes dos pais se dirigiram ao presidente da Junta de Castilla e León para lhe explicar diretamente estas questões.

“Nada desejaríamos mais os pais do que ver como nossos filhos se reincorporam com toda normalidade às aulas, mas não o farão enquanto não tenhamos todas as garantias de que a disciplina não vai servir para ser imposta aos nossos filhos, através de seus objetivos, conteúdos e critérios de avaliação, umas concepções concretas morais e ideológicas, algo que não pode fazer a escola, como deixou claro o Tribunal Supremo em sua recente sentencia”.

Segundo o comunicado do coletivo de pais objetores, “todos os pais seguem firmes em sua decisão de ser objetores de consciência, entanto que a disciplina não mudou. O bem máximo a proteger aqui são nossos filhos, sua formação moral, e a imensa maioria dos pais de León, como os do resto da Comunidade, estão dispostos a confrontar as conseqüências de sua decisão e seus filhos não vão entrar em aula”.