Dom Florencio Olvera Ochoa, Bispo de Cuernavaca (México), assinalou ao começar esta semana que seguirá defendendo o direito à vida, face aos processos legais e ameaças lançadas por alguns políticos como resultado da publicação de seu “Decálogo de Pecados Eleitorais” 2009.

Dom Olvera Ochoa já foi branco de ações judiciais em sua contra no anterior ciclo eleitoral por publicar seu “Decálogo de Pecados Eleitorais”, nos quais assinalava os temas pelos quais um católico devia descartar um candidato: seu apoio ao aborto, a eutanásia, o “matrimônio” homossexual, a manipulação genética e a negação do direito dos pais a educar a seus filhos.

Este ano, o Prelado publicou uma versão atualizada de seu manual, e voltou a ser branco de críticas e ameaças.

“Como na hora em que Cristo foi crucificado, Ele sentiu medo mas apesar disso, manteve firme sua convicção de sacrificar-se pela humanidade, assim nós não devemos sentir medo embora nos joguem cinco elefantes”, disse Dom Olvera durante uma homilia.

“Cinco são muito poucos; embora nos venha o que nos venha, com Cristo não tenho medo, seriamente, digo-o com o coração”, adicionou.

“Pregar o Evangelho é complicado e difícil, precisa-se amar a todas as pessoas: Cristo amou a todos e nós devemos amar a todos, aos gays, às irmãs lésbicas e irmãs prostitutas, até aos assaltantes e seqüestradores. São pessoas humanas e devemos amá-las, mas não podemos aceitar seu vício”.

“Vamos abençoar ao seqüestrador porque é seqüestrador?, certamente não; vamos benzer a quem pregue o aborto?; também não”, disse o Bispo.

“Se te criticarem –adicionou–, seja firme a seus princípios, porque anuncia o bem, o grande, o que serve”.

“Oremos pelos que promovem o aborto, a eutanásia, mas não se deixe enganar e diga: os respeito como pessoas, mas suas ações são más, não são de Cristo”, disse também o Prelado.

Dom Olvera explicou que quando a gente prega a doutrina de Cristo “pensam que somos nós que estamos atacando aos outros; e como falam mentira estes aqui”, disse enquanto assinalava à zona onde tradicionalmente se apostam os jornalistas.

“Preguei e pregarei a verdade sempre; mas nunca assinalei a tal ou qual (político); Por isso me queixo (dos jornalistas), porque me colocam muitos milagrinhos… que façam de mim o que queiram, mas sempre pregarei a verdade”, concluiu.