A Secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, reiterou que a administração do Presidente Obama promoverá, financiará e colocará no primeiro lugar de sua agenda internacional aos chamados "direitos reprodutivos", entre os que se inclui o aborto, em um discurso na conferência anual da Planned Parenthood Federation of America, a maior transnacional abortista do mundo.
Clinton, quem recebeu o prêmio Margaret Sanger por seu "trabalho em pró da mulher e seus direitos sanitários e reprodutivos", assinalou que "é um grande privilégio saber que iriam me dar este prêmio. Admiro a Margaret enormemente, seu valor, sua tenacidade e visão".
Sanger, a fundadora de Planned Parenthood, apoiou abertamente as práticas eugênicas dos nazistas e expressou sempre suas idéias contrárias ao crescimento das populações de negros, hispanos e dos pobres. Depois de elogiar à organização anti-vida, Clinton, precisa a nota do Catholic News Agency (CNA), disse que "a enorme missão da Planned Parenthood Federation of America e a causa da liberdade reprodutiva (aborto e anticoncepção) que seguem adiantando é relevante agora para nosso mundo como foi faz cem anos".
"Entretanto –continuou Clinton, uma tenaz promotora do aborto– sabemos que o trabalho de Margaret Sanger aqui nos Estados Unidos e certamente em todo mundo ainda não está concluído. Aqui em casa, há muitas mulheres a quem se lhes nega seus direitos por razão de ganhos, oposição, por atitudes contra estes. Mas em todo mundo, também há muitas mulheres a quem se lhes nega a oportunidade de saber como planificar e espaçar suas famílias. Se lhes nega o poder de fazer algo com a mais íntima das decisões (abortar)".
"Quero lhes assegurar que os direitos reprodutivos e o assunto dos direitos das mulheres assim como darles maior poder serão chave para a política internacional desta administração", precisou logo Clinton enquanto os assistentes aplaudiam entusiasmados.
"Acredito que os direitos da mulher e o dar-lhes poder são um ingrediente indispensável de poder inteligente e por isso estão integrados em nossa renovada ênfase na diplomacia e o desenvolvimento… Fiquei orgulhosa quando o Presidente Obama reverteu a política de Cidade do México", disse logo gerando ainda uma salva maior de aplausos.
A Política de Cidade do México impedia que os recursos federais dos Estados Unidos se destinassem à promoção do aborto fora do país. Ao revertê-la, os impostos dos cidadãos, inclusive de quem está a favor da vida e lutam contra o aborto, serão usados para apoiá-lo e promovê-lo internacionalmente.
como resultado desta decisão, disse logo Clinton, "as organizações não governamentais do estrangeiro podem novamente usar os recursos dos Estados Unidos para proporcionar todo tipo de serviços de anticoncepcionais para que as mulheres e suas famílias possam ter o cuidado médico que necessitam".
Em seu discurso, a Secretária de Estado anunciou oficialmente que os Estados Unidos financiará a anticoncepção, incluindo o aborto, através de Nações Unidas. "vamos financiar uma contribuição de 50 milhões de dólares nesta ano fiscal. Isso é 130 por cento mais em comparação a nossa última contribuição feita em 2001". "O Congresso também aprovou o pedido da administração de 545 milhões de dólares para a assistência bilateral para o planejamento familiar (anticoncepção) e os programas de saúde reprodutiva deste ano", precisou ante a audiência.
A seguir a Secretária de Estado conectou a segurança nacional e a instabilidade política com a necessidade de promover a anticoncepção e o aborto: "Colocado de maneira simples, a mortalidade infantil está conectada a uma baixa qualidade de vida. E uma baixa qualidade de vida é um produto colateral de uma saúde inadequada, incluindo inadequadas opções de planejamento familiar (anticoncepção)".
Em opinião de Clinton, organizações como Planned Parenthood são "das melhores exportações que tem os Estados Unidos".
Seguidamente disse que “ao finalizar estes quatro anos, espero que possamos olhar em todo mundo e ver que é mais pacífico, próspero, em progresso e que, em particular, as vozes das mulheres sejam ouvidas em todo lugar aonde se tomem decisões importantes, e que as organizações como Planned Parenthood sejam nossas sócias".