O Bispo Prelado de Ayaviri, Dom Kay Schmalhausen, advertiu que “uma comunidade social que consciente a eliminação de seus filhos no ventre das mães, não pode mas encaminhar-se à sua própria destruição e deterioração moral”.

Ao comemorar o Dia da Criança por Nascer, o Bispo do sul andino lembrou que “a vida humana aparece no mundo de hoje desvalorizada” e possivelmente muitos conflitos familiares e sociais “se devem a esta prática do aborto que não pode senão desencadear uma desumanização da mulher chamada a ser mãe, do homem que foge irresponsávelmente de sua paternidade, dos muitíssimos agentes de saúde que se convertem em cúmplices mas também em atores principais no drama do aborto, das sociedades e estados que toleram ou promovem legalmente a matança maciça de seus filhos”.

“O aborto, a eliminação da vida humana, nunca é uma solução. É e permanecerá sendo sempre um muito grave problema de terríveis conseqüências pessoais e sociais”, advertiu.

O Prelado explicou que o aborto é “um atentado direto à vida e um verdadeiro assassinato embora, muitas vezes, não querido por parte das mães grávidas, forçadas a um beco sem saída. Quantas vezes não foi a Igreja testemunha discreta, consolo e fonte de paz do sacramento da reconciliação daquelas ‘Raquel’ que choram a morte de seus filhos”.

Dom Schmalhausen assinalou que “são cada vez mais os testemunhos pavorosos de mulheres, vítimas do síndrome post aborto, que na procura por sarar - já seja no sacramento da confissão ou o acompanhamento terapêutico - as terríveis feridas morais e espirituais causadas pela morte do filho em seu próprio colo, confessaram a absoluta indiferença e inclusive cumplicidade tão social como do estado ante o drama de uma coação de fato condizente ao aborto”.

“Elas padecem hoje, por que ontem não se lhes ofereceu a ajuda adequada para encontrar uma saída que faça justiça às duas vidas humanas em jogo, a da mãe que sofre em solidão e a do filho com desejo e direito a viver”, adicionou.

Finalmente, alentou a defender “a vida humana desde sua concepção até seu término neste mundo; defendamos a nossos filhos que são a alegria de nossos lares; reconheçamos sempre a vida como um verdadeiro dom de Deus a ser custodiado em meio de nossas famílias”.