O Bispo de Tehuacán (México), Dom Rodrigo Aguilar Martínez, defendeu o magistério do Papa Bento XVI na luta contra o AIDS, quando assinalou que a luta contra esta enfermidade não deve apoiar-se nos preservativos, pois estes solo geram mais problemas, senão na humanização da sexualidade humana e o cuidado sacrificado e fraterno de quem a padece.
Ao comentar a resposta do Papa Bento a uma das perguntas, sobre o trabalho da Igreja quanto à luta contra o AIDS em África, que lhe fizesse no vôo para Yaundé em sua primeira visita a África, Dom Aguilar assinala que "a uma pergunta tendenciosa, o Papa responde com claridade e contundência segundo a doutrina da Igreja e os fatos constatáveis especialmente em África".
Entretanto, precisa "as reações às palavras do Papa foram muito agressivas" quando o único que o Santo Padre fez foi dar "no ponto crítico de quem –governos, instituições e pessoas– sustentam a solução ao flagelo do HIV AIDS fundamentados especialmente no preservativo ou camisinha. Se uma pessoa está contagiada de AIDS e pretende ter relações sexuais, ou a pessoa é sã mas vai ter relações sexuais com uma pessoa contagiada, deve saber que a camisinha não protege ao 100%, isto contra a publicidade de 'sexo seguro' graças à camisinha".
"De maneira que se a propaganda e a distribuição de camisinhas favorece as relações sexuais com risco de contágio –pela margem de não segurança ao 100%–, é um programa que se torna contra si mesmo na erradicação do AIDS. Por isso o Papa menciona que o uso dos preservativos pode aumentar o problema".
As campanhas, explica o Prelado, "que se apóiam só na promoção do uso dos preservativos, conseguiram poucos resultados para evitar novos contágios de AIDS. Pelo contrário, as campanhas que defenderam o valor e a eficácia da abstinência sexual e a fidelidade conjugal, já deram frutos significativos: Por exemplo em Uganda, onde o número de infectados passou de 12-15% da população em 1991, a 4-5% em 2003".
Já estando em Camarões, continua o Bispo de Tehuacán, "o Papa de algum jeito volta para o tema, em contexto de família, dizendo que 'a família representa o pilar sobre o qual está construído o edifício da sociedade'. E, entretanto, como todos sabemos, também aqui a família está submetida a muitas pressões: angústia e humilhação causada pela pobreza, o desemprego, a enfermidade e o exílio, por mencionar só algumas".
É particularmente inquietante, precisa, "o jugo opressor da discriminação sobre mulheres e meninas, por não falar da prática inqualificável da violência e exploração sexual, que provoca tantas humilhações e traumas. Também tenho que sublinhar outro aspecto muito preocupante: as políticas daqueles que, com a miragem de fazer avançar o 'edifício social', minam seus próprios fundamentos.
Lembrando logo as palavras do Bento XVI no encontro com representantes de movimentos que trabalham pelas mulheres, em Angola, o Prelado reitera: "Que amarga é a ironia daqueles que promovem o aborto como uma atenção da saúde 'materna'. Que desconcertante resulta a tese daqueles para quem a supressão da vida seria uma questão de saúde reprodutiva”.
Dom Aguilar conclui animando a dar "graças a Deus pelo valente magistério do Papa Bento XVI, com o qual retoma uma de suas prioridades pastorais, de 'nos confirmar na fé'. Que com seu testemunho, nós mesmos sejamos testemunhas fiéis de Jesus Cristo. Não temamos sofrer perseguição por causa de Cristo e o anúncio, a celebração e o serviço de Seu Evangelho, que é Evangelho de Vida plena".
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