Em um artigo titulado "A viagem Papal a Camarões e Angola: Uma visita de fé, amor e alento", o Cardeal nigeriano Francis Arinze, lembrou que em cada um de seus encontros em ambos os países, o Papa Bento XVI sempre sublinhou "a importância da justiça, a reconciliação e a paz".

O Prefeito Emérito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos ressaltou ao iniciar seu artigo publicado em L'Osservatore Romano, que os africanos receberam ao Papa em um clima de alegria e júbilo que contagiava. "Quando o papamóvil passava e as pessoas viam Bento XVI, pulavam de alegria e dançavam. Alguns se abraçavam. Tantos jovens procuraram correr atrás do cortejo até quando já não era possível segui-lo".

Ao comentar que o Papa sempre falou da paz, a justiça e a reconciliação, o Cardeal Arinze precisa que com esta mensagem o Santo Padre "mostrou uma grande sensibilidade para quantos foram feridos nas minas de Angola, aos refugiados, aos deslocados e às populações às que lhes nega o desenvolvimento adequado. Elogiou e alentou as iniciativas de reconciliação e exortou ao mundo a uma maior solidariedade com a África".

"A centenas de milhares de jovens Bento XVI pregou a esperança e a disciplina para que se empenhem em construir seu futuro. Na África e em particular em Angola, em Luanda, a maior parte dos jovens tem menos de 20 anos. O Papa lhes agradeceu por havê-lo esperando durante horas sob o inclemente sol no estádio de Luanda aonde realizaram uma festa com danças tradicionais".

Logo depois de lembrar o encontro com os representantes dos movimentos que promovem às mulheres, o Cardeal comentou que o encontro que mais o comoveu foi a visita do Papa ao Centro Cardeal Leger, aonde a Igreja acolhe a doentes de AIDS.

"O Papa assegurou aos descapacitados e doentes que não os esquece, ele os tocou, abençoou, elogiando o esforço da Igreja e o Estado pelos mais débeis e sofredores. Como há dito aos jornalistas no vôo de volta, em 23 de março, o homem se faz cada vez mais homem graças à solidariedade com quem sofre", disse logo.

Finalmente o Cardeal assinala que "devemos dar graças à divina providência por esta visita papal a África, porque permitiu ao Bento XVI estar com seus filhos africanos, vê-los, escutá-los, celebrar e conversar com eles. Oferecendo além aos mais estreitos colaboradores do Papa a ocasião de conhecer de perto a realidade africana. Tudo isto é muito importante para a Igreja, na África e no mundo todo".