MADRI, 20 de mar de 2009 às 15:02

A associação "Down Espanha" e suas 79 instituições federadas defendem o "direito fundamental à vida e ao trabalho" das pessoas com este síndrome pelo que consideram que qualquer reforma da Lei do Aborto deve respeitar "os direitos das pessoas com descapacidade e respeite o espírito da Convenção Internacional dos Direitos as Pessoas com o Descapacidade da ONU".
Assim, com motivo do Dia Mundial do Síndrome de Down, que se celebra amanhã, 21 de março, e na linha do que vieram manifestando nos últimos dias, Down Espanha se mostrou contrária "a que se amplie dito prazo com um suposto que abra a porta a um aborto eugênico que pudesse frustrar o nascimento de uma pessoa com síndrome de Down pelo simples fato de sê-lo".
Também lembrou que "a Convenção Internacional dos Direitos das Pessoas com Descapacidade foi recentemente ratificada pela Espanha e que, portanto, constitui direito positivo no país".
Por outro lado, assinalou que "a autonomia alcançada pelas pessoas com síndrome de Down nos últimos 20 anos se demonstra com as mais de 1.800 pessoas deste coletivo que trabalham no setor privado de nosso país e as 117 que o fazem na administração pública (31 deles funcionários)", segundo dados recolhidos pelas 79 instituições federadas a 'Down Espanha'.
"Estes frutos vão da mão do considerável aumento de esperança e  qualidade de vida do coletivo, e que se situa na atualidade em uma média de 60 anos", explicaram. Além disso, a oferta de emprego público do Estado do presente ano reservou 2 por cento das vagas para a descapacidade intelectual o que "põe fim à discriminação que sofria o coletivo com respeito à descapacidade física e sensorial nas provas e exames de acesso", conforme opinou.
Além disso pedem que dita quota adquira a fila de Lei e, até que isto ocorra, pede às administrações locais e autonômicas que se adiram a ele
Para celebrar o Dia Mundial do Síndrome de Down, a associação organiza, por segundo ano consecutivo, com um espetáculo no Teatro Circo Price de Madri, que estará apresentada por Izaskun Buelta, a jovem com trisomía 21 que perguntou a Rodríguez Zapatero pelo emprego das pessoas com descapacidade no programa "Tenho uma pergunta para você".