O partido Alternativa Espanhola (Espanha) denunciou em nota de imprensa as práticas eugênicas que se vem desenvolvendo no país e exigiu ao governo espanhol que “cumpra a declaração da ONU para pessoas com descapacidade”, ante o projeto da nova lei do aborto com o que estas práticas “se estenderão ainda mais”.
Segundo precisa a nota do porta-voz do AES, Francisco Torre García, “o terceiro suposto da atual lei do aborto indica que não é punível o aborto realizado contra pessoas que se presuma que possam nascer com graves defeitos físicos se se realizar nas primeiras vinte e duas semanas de vida”.
“Sob semelhante artigo se produz na Espanha o extermínio sistemático de 90% das crianças com síndrome de Down ou espinho bífido, enfermidades absolutamente compatíveis com uma vida plena e feliz; assim como outras patologias para as que existem tratamento (lábio leporino, nanismo, cardiopatias congênitas). O projeto de reforma que defende Bibiana Aído ampliará esta prática”, adicionou.
Por tal razão, AES “exige ao governo da Espanha que cumpra com os compromissos internacionais adquiridos ao aderir-se à Convenção Internacional sobre os Direitos das pessoas com descapacidade da ONU”.
Nessa linha, AES insistiu ao governo a “abolir as leis e práticas que suponham discriminação por causa da descapacidade não existindo maior discriminação que a de não deixá-los nascer; garantir por lei a proteção dos descapacitados; proteger aos meninos com descapacidade”.