O Arcebispo de Caracas, Cardeal Jorge Urosa Savino, enviou uma carta ao Papa Bento XVI em que lhe agradeceu “sua iluminadora Carta aos Bispos da Igreja católica sobre a remissão da excomunhão dos quatro bispos consagrados pelo Arcebispo Lefebvre”.
Depois de assinalar que na Venezuela não houve reações contrárias “a esse paternal gesto de misericórdia” de levantar a excomunhão, o Cardeal deplorou “os ataques que imerecidamente” recebeu Bento XVI. Por isso, manifestou-lhe sua solidariedade e apoio “que, estou seguro, correspondem-se com os sentimentos do povo católico venezuelano que sempre professou grande amor e proximidade” ao Sucessor do Pedro
O Cardeal Urosa indicou que com a remissão da excomunhão, o Papa “quis concretizar, especificamente nesse caso, seu ministério petrino de fortalecer e promover a unidade dos fiéis, ao facilitar a reconciliação com esses irmãos”.
“distingue-se muito bem o fato da remissão da excomunhão, que é um assunto eclesiástico e canônico, manifestação de sua solicitude paternal, do problema político e histórico exposto pelo caso Williamson, já clarificado em dias anteriores”, explicou.
O Arcebispo de Caracas manifestou sua admiração pela valentia e a humildade exemplares” com que Bento XVI abordou o tema em sua recente carta, explicando aos bispos do mundo inteiro “as motivações que dirigiram suas atuações nesta dolorosa questão, que não são outras que manifestar o amor de Deus a todos os homens, mostrar ao mundo inteiro que Deus é amor, para conduzir à humanidade para Ele, e promover a tolerância, a misericórdia e o diálogo em um mundo caracterizado pela desconfiança e a hostilidade”.
Finalmente, o Cardeal Urosa manifestou ao Papa sua admiração e gratidão, e lhe renovou sua “comunhão e solidariedade”, lhe assegurando as orações dos venezuelanos para que o Senhor o ilumine, fortaleça e console “em sua difícil tarefa de guiar à Santa Igreja”.