O Presidente do Movimento Cristão Liberação (MCL), Oswaldo Payá, dirigiu uma mensagem ao Conselho de Direitos humanos da ONU, e lhe fez um chamadoao a não ser cúmplice do governo comunista "com seu silêncio respeito ao encarceramento em Cuba dos defensores dos direitos humanos e com sua negação escandalosa de demandar" o respeito dos direitos dos cubanos.

Em uma extensa mensagem a este organismo das Nações Unidas, Payá indicou que inclusive a própria Assembléia Geral e muitas outras instituições "danificam ao povo de Cuba ao estimular o estancamento ou retrocesso em matéria de direitos humanos com seu silêncio".

Por isso, pediu ao Conselho de DDHH chamar o Governo de Raúl Castro para que publique dentro do país "a Declaração Universal e os instrumentos dos Direitos humanos, que assinou recentemente e a que se comprometa ante o povo a cumpri-los".

Nesse sentido, denunciou as constantes práticas governamentais contra os direitos humanos dos cubanos, como o encarceramento em março de 2002 de mais de cinqüenta pessoas só pelo fato de opinar distinto ao regime e de exigir que se respeitem os direitos humanos.

Além disso, lembrou as pressões que o Departamento de Assuntos Religiosos faz sobre líderes e representantes das Igrejas; assim como o controle institucionalizado e ativo dos habitantes em cada quarteirão, em cada escola, universidade, trabalho "e em todos os âmbitos da sociedade".

O presidente do MCL também se referiu ao embargo econômico que os Estados Unidos exerce sobre Cuba. Indicou que "é justo e necessário" que este seja levantado "imediatamente e sem condições, porque é o povo de Cuba o que sofre seus efeitos, porque não constitui um fator de mudanças positivas" e porque é usado pelo Governo cubano para negar aos cubanos seus direitos fundamentais.