Em meio à dramática situação situação que se vive na ilha La Espanhola pelas intensas chuvas que causaram até agora quase  2 mil mortos, autoridades dos municípios atingidos lamentaram a falta de ajuda governamental e asseguraram que o maior esforzo de distribuição está sendo feito nestes momentos pela Igreja Católica.

As autoridades locais explicaram que a ajuda por parte do Governo  “não está chegando em quantidade e com a urgência” necessária; e acrescentaram que por sua vez, a Igreja está se encarregando de canalizar os alimentos e todo tipo de ajuda proporcionada pelos organismos internacionais, empresas privadas, pessoas e entidades oficiais.

Até ontem se desconhecia a quantidade de assistência que chegou. Entretanto, o pároco da igreja San José, Padre José Ramón de la Cruz, junto com o pessoal da Defesa Civil, conseguiu levar um registro de tudo o que estão recebendo e o destino dado, segundo informou a imprensa local.

A comunidade internacional também começou a enviar à região as primeiras ajudas de emergência para atender os danificados.

A Secretaria de Estado de Cooperação Internacional, através da Agência Espanhola de Cooperação Internacional (AECI), anunciou hoje que enviará à República Dominicana um avião Hércules do Exército, que sairá da localidade madrilena de Torrejón de Ardoz entre as 16h e 18h com  ajuda humanitária básica para atender a umas  10 mil pessoas.

A decisião foi tomada após uma reunião interministerial que teve lugar nesta tarde entre os Ministérios de Exteriores, Defesa, Saúde e Interior. Será transportada uma carga de  1 tonelada de medicamentos para abastecer os hospitais para o tratamento das doenças tropicais. Além disso, levará entre 5 e 8 toneladas de mantas, também distribuídas pela AECI.

Por sua vez, a Cruz Vermelha anunciou que neste sábado também enviará o primeiro avião a Santo Domingo com ajuda humanitária não disponível nas  regiões atingidas, atendendo a um pedido da Cruz Vermelha dominicana. A carga está composta por duas plantas potabilizadoras móveis, 2 mil mangueiras flexíveis de água, mil kits de cozinha, 250 mochilas-farmácia, 500 toldos plásticos e duas barracas multiuso de 90 metros quadrados cada uma.