Ante a insistência dos jornalistas que o seguem em sua visita a Monterrey, o Presidente do Pontifício Conselho para a Saúde, Cardeal Javier Lozano Barragán, explicou sua postura no caso da jovem italiana Eluana Englaro, que faleceu logo que os médicos lhe suspendessem a nutrição e hidratação a pedido de seus familiares.
“Eu disse e o repito: aquele que mata a um inocente é um homicida, aquele que não mata não é um homicida. Essa é minha declaração de sempre”, reiterou o Cardeal ao ser consultado pela ameaça de demanda em seu contrário que fez o pai da Eluana.
De visita no Hospital Universitário de Monterrey, o Cardeal Lozano lembrou que há um mandamento que diz “não matarás”.
Do mesmo modo, assinalou que a medicina pode procurar a padre para o paciente, e se isto não é possível, deve aliviar sua dor com “cuidados paliativos” que são fundamentais porque “o momento crucial de uma pessoa é sua morte e deve chegar com muita conscientiza para dar esse passo definitivo”.
O Cardeal precisou que a Igreja apóia à medicina nestas missões, mas não pode respaldar “a sanha terapêutica, quando a medicina ou as técnicas são inúteis ou desproporcionadas para o paciente, quando não o aliviam nem o curam e só prolongam uma penosa agonia”.
“Ante um meio desproporcionado ninguém está obrigado a dar-se outra atenção a não ser deixar o curso natural”, manifestou mas reiterou que esse não era o caso da Eluana.
“Eluana não estava doente de nada. Os cuidados terapêuticos não incluem dar de comer ou de beber. Tirar de um doente a água ou a nutrição é provocar-lhe uma morte terrível por sede e fome”, explicou.