O Secretário Geral da Conferência Episcopal Argentina (C) e Bispo Auxiliar de Buenos Aires, Dom Enrique Eguía Segui, desmentiu as versões jornalísticas que lhe atribuíam críticas ao Governo argentino e lamentou que se pretenda "desvirtuar o sentido pastoral e religioso" da visita ad limina que 31 bispos realizam nestes dias ao Papa Bento XVI e os dicasterios vaticanos.
Em declarações telefônicas à agência católica AICA, o Bispo explicou que “há como uma grande sensibilidade ou gente interessada para que algo que se diga apareça como uma confrontação entre o Governo e a Igreja”.
De Roma, Dom Eguía Segui negou ter criticado ao Governo nacional, como lhe atribuem agências internacionais.
Em uma entrevista concedida a Rádio Vaticano, o Bispo assinalou que a preocupação dos prelados é “como sustentar e acrescentar a fé de nosso povo”.
Dom Eguía Segui disse que a Argentina “vive faz sete anos uma crise muito profunda, onde teve uma experiência também muito profunda de enfrentá-la, sobre tudo a nível de respostas sociais e de respostas da Igreja à crise”, por isso precisou que “a grande preocupação também é como se localizar-se, como Igreja, frente à crise que virá”.
Sobre as expectativas dos bispos ante a visita e seu encontro com o Papa, disse que “são enormes. Para mim é a primeira vez mas vejo muito entusiasmo em meus irmãos bispos”.
Manifestou o desejo de “poder vincular-se com os dicastérios romanos” e adicionou que “até se trazem perguntas e questionamentos” em torno de como é visto “o fundamental, que são os grandes desafios para transmitir e sustentar a fé de nossa gente”.  “E depois sempre o encontro com o Santo Padre vai ser certamente um momento privilegiado”, manifestou e destacou as expectativas que têm postas “em suas palavras e em que nos abençoe e nos anime na tarefa que Deus nos confiou”.