Desde que se anunciasse a visita do Papa a Angola, "todo o país começou a preparar-se para recebê-lo", explica o Bispo de Vianna, Dom Joaquim Ferreira Lopes, em entrevista concedida à agência portuguesa Ecclesia e recolhida por L'Osservatore Romano.
Depois de comentar que "a visita que Bento XVI realizará neste mês de março expressa claramente o fato que a epopéia da Igreja na África passa por Angola", Dom Ferreira disse que "no África austral, Angola ocupa um posto privilegiado, dado que a Igreja local existe desde finais do século XV e que toda a epopéia da Igreja, ao sul do Equador, passa por aqui, como um sinal que nenhuma outra nação possui. Ninguem pode tirar de Angola este primado".
Seguidamente lembrou que o Santo Padre também "viajará a Camarões para entregar o documento Instrumentum laboris para o próximo Sínodo (da África) de outubro, por isso era natural que pudesse visitar outra nação".
Logo depois de comentar que as medidas de segurança são muito meticulosas para proteger a Bento XVI, o Bispo ressaltou que "o bem que derivará da visita do Pontífice será extraordinário e terá efeito na pacificação dos espíritos, que é o que esperamos em Angola, porque a paz política é uma coisa, mas é necessário reforçar a paz social, a pessoas e dos corações".