As Damas de Branco, movimento cívico formado por esposas de presos políticos, denunciou que desde em 20 de fevereiro o Governo comunista de Raúl Castro recrudesceu sua campanha de repressão e perseguição contra muitas de seus membros, para que não comemorem o sexto aniversário da Primavera Negra.
“Responsabilizamos à Segurança do Estado e ao Governo em geral de qualquer agressão física ou atos de repúdios que nos causarem as tropas paramilitares disfarçadas de povo ou aos próprios oficiais de organismos repressivos”, expressaram em um recente comunicado.
No texto, as Damas de Branco, reconhecidas a nível internacional por sua luta a favor dos direitos humanos, relataram que “estão sendo vítimas de maior repressão e perseguição” por parte da polícia política, que deteve “mais de seis Damas, as ameaçando e lhes apresentando atas de advertência”; lhes indicando além que não podem assistir às atividades comemorativas da Primavera Negra.
As Damas de Branco reafirmaram que suas atividades são pacíficas e que só têm como fim “exercer nosso direito de pedir a liberdade dos presos políticos”.
Na madrugada de 18 de março de 2003, agentes do Governo comunista do Fidel Castro iniciaram o que seria conhecida como a Primavera Negra de Cuba, ao deter e encarcerar a mais de setenta opositores políticos, jornalistas independentes, defensores de direitos humanos, bibliotecários e sindicalistas independentes.
Por isso, ao lembrar-se seis anos deste fato, as Damas de Branco anunciaram seis dias de atividades, do 17 aos 22 de março.
Maior informação em http://www.damasdeblanco.com/