O Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Cardeal Walter Kasper, assinalou que "a indulgência lembra a necessidade de salvação e que esta última pode realizar-se solo através de Jesus Cristo. lembra além disso o caráter de penitência e de luta espiritual da vida cristã".
Assim o indicou o Cardeal em um artigo publicado em L'Osservatore Romano, aonde também afirmou que a indulgência procura ser "uma ajuda pastoral útil e benéfica para confrontar, com a graça de Deus e a ajuda da intercessão de toda a comunhão dos Santos, a luta contra o poder e a violência do mal".
Depois de explicar que por esta razão as indulgências não devem trivializar-se, o Cardeal disse que estas "põem-nos ante a expiação da existência cristã, ou seja frente ao fato de que a vida é arrependimento constante, penitência e luta permanente. Uma vida deste tipo só é possível graças à força da graça inesgotável de Jesus Cristo e ao sustento da inteira comunidade eclesiástica".
Esta idéia, adverte, "parece difícil a muitos cristãos católicos" porque "contrasta com o aburguesamento do ser cristãos, com uma vida cristã soft que não leva a sério a realidade dos pecados e suas conseqüências e para a que a salvação pessoal já não é mais um problema".
Seguidamente o Cardeal Kasper assegurou que a indulgência só é "verdadeiramente compreensível ligada à sacramento da penitência. De fato esta pressupõe o arrependimento pessoal e a recepção do sacramento da penitência e da Eucaristia. Implica também o perdão dos pecados".