O presidente do Movimento Cristão Liberação (MCL), Oswaldo Payá, assinalou que as mudanças ministeriais realizadas pelo Presidente cubano Raúl Castro são “a nível de palácio”, mas não estão dirigidas a dar maior democracia à ilha.
“São mudanças a nível de palácio, que pode ser que tenham muita importância quanto à distribuição do poder entre as figuras ou os líderes, mas não são mudanças para maors democracia”, declarou Payá via Telefónica a uma rádio chilena.
O líder dissidente disse que aos cubanos não se lhes explica o que está acontecendo dentro do Governo. “Podem haver mudanças de figuras, como o houveram em outros momentos, e não acontecer o que o povo quer e precisa, que é abertura, direito, reconciliação e liberdade”, assinalou.
Recentemente, Raúl Castro realizou doze mudanças dentro de seu gabinete, entre substituições e fusões de ministérios; entre os que destacam o afastamento do vice-presidente Carlos Lage e do ex-ministro do exterior Felipe Pérez Torre, considerados por muito tempo homens leais a Fidel.
Logo do anúncio, Fidel Castro os acusou de conduta “indigna”. “O inimigo externo se encheu de ilusões com eles”, afirmou em um artigo publicado no diário oficial Granma. Depois disso, ambos renunciaram através de cartas nas que reconheceram seus “enganos”.