HAVANA, 23 de fev de 2009 às 04:55
A revista Espaço Leigo, do Conselho Arquidiocesano de Leigos de Havana, reafirmou o pedido da Igreja no país de contar com mais espaços de ação que lhe permitam realizar seu trabalho evangelizador e assim contribuir na construção da “Casa Cuba”.
“Para fazê-lo, necessita que lhe facilitem ajudar e dignificar aos pobres, aos doentes e aos detentos, assim como inculturar sua mensagem de amor e confiança, responsabilidade e comunhão”, expressou em um recente editorial.
A revista reconheceu que nisso “se avançou progressivamente, embora não em relação com o acesso da Igreja a instrumentos medulares para essa missão, como podem ser: os meios de comunicação, a educação e a cultura”.
O texto também assinalou que falar de construir a “Casa Cuba” se refere a Cuba “como uma só e grande família, onde seus membros têm diferenças, mas reconhecem e aceitam um laço que os une: o amor a quão próprio surge de uma história compartilhada”.
“O segundo, Cuba como uma casa, um lar onde todos encontram acolhida e compreensão; um espaço onde todos sentem a tranqüilidade de que seus sonhos e realizações, suas alegrias e tristezas, são verdadeiramente compartilhados”, explicou.
Nesse sentido, afirmou que também se requer que todas as opiniões “possam ser escutadas e consideradas, assim como outorgar ao povo a possibilidade, cada vez mais ampla e efetiva, de determinar que mudanças são necessárias e qual deve ser o ritmo para efetuá-los”.
Indicou que embora em seu momento saudaram “o processo de reflexão nacional” sobre o discurso do general Raúl Castro em 26 de julho de 2007, parece que a esperança do povo de que dito processo “desembocasse em uma redefinição da vida social, cultural, econômica e política da nação” é “um desejo adiado”.
Espaço leigo destacou que “hoje Cuba goza de um contexto internacional muito favorável” e conta com “um conjunto suficiente de cubanos que desde suas diversas posições políticas e ideológicas” podem consolidar “uma sociedade que tenta subir do encontro e o diálogo”
“Que espera então o governo cubano para responder aos desafios de mudanças internas que lhe impõe o momento presente?”, perguntou.
A íntegra está em www.espaciolaical.net