Com 164 votos a favor, 100 em contra e uma abstenção o Senado italiano aprovou o projeto de lei que teria salvado a vida de Eluana Englaro, a mulher que faleceu ontem logo depois de que se iniciasse a eutanásia na sexta-feira, com a suspensão da alimentação e a hidratação na clínica La Quiete de Udine.

Como se lembra, o texto desta lei constituída por um artigo único assinala: "Em espera da aprovação de uma completa e orgânica disciplina legislativa em matéria do fim da vida, a alimentação e a hidratação, assim como formas de sustento vital e fisiologicamente orientadas a aliviar o sofrimento, não podem em nenhum caso ser suspensas por quem assiste a sujeitos que não estão em capacidade de prover-se a si mesmos. A presente lei entra em vigor o mesmo dia de sua publicação na Gazzetta Ufficiale".

De outro lado e conforme informa o jornal italiano La Repubblica, Eluana Englaro será sepultada em Paluzza (Udine) na tumba da família. Assim o indicou Armando Englaro, irmão de Beppino, o pai de Eluana, quem confirmou que não haverá funeral, mas "só bênção do cadáver". Armando Englaro não proporcionou "nenhum detalhe desta cerimônia".

Por sua parte o Presidente da Pontifícia Academia para a Vida, Dom Rino Fisichella assinalou em declarações a Sky que lamenta profundamente que ao morrer "Eluana esteve sozinha, completamente só quando tivesse sido  melhor que passasse por este momento crítico da vida sustentando a mão de uma pessoa querida".