O Presidente da Pontifícia Comissão Ecclesia Dei, Cardeal Darío Castrillón Hoyos, precisou que o levantamento da excomunhão aos 4 bispos ordenados pelo arcebispo Marcel Lefebvre, procurava antes de mais nada sanar um cisma; e não tinha a intenção, em nenhum caso, de apoiar as teses negacionistas do bispo Williamson.

Em uma entrevista concedida a RCN, o Cardeal ressaltou, perguntado pela atual sitaução logo do levantamento das excomunhões aos 4 bispos lefebvristas, que "sempre tive a verdade como norma. O Santo Padre conhece isso. Nós continuamos adiante tratando de que se reconstrua esta unidade da Igreja e termine totalmente este cisma".

Seguidamente, o Presidente da Pontifícia Comissão Ecclesia Dei, criada por João Paulo II para o diálogo com os lefebvristas, precisou que "o importante neste momento é que o Papa parou um cisma. A caridade que Cristo queria que houvesse na Igreja se há notavelmente restabelecido e se abrem vias de esperança".

Ao mostrar seu rechaço às teses negacionistas de um destes 4 bispos, o britânico Richard Williamson, o Cardeal Castrillón assinalou que "o Santo Padre rechaça totalmente o que se fez na Alemanha contra o povo judeu. Não aceita nada que seja uma ofensa contra o povo judeu. Temos por eles amor. Não esquecemos nunca que Jesus era judeu, Maria era judia e os apóstolos eram judeus".

"Como todo homem honesto do mundo rechaçamos visceralmente o que ocorreu aí (no holocausto). Como cristão o rechaço e como católico me uno às teses de nossa Igreja, que pede que não se esqueça, para que a humanidade não repita atrocidades semelhantes", adicionou.

O Cardeal reiterou logo "o rechaço a toda forma de anti-semitismo e a asseveração histórica de que lamentamos os horrores do holocausto".

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