A Partida Alternativa Espanhola (AES), exigiu à presidenta da Comunidade de Madri, Esperanza Aguirre, cessar ao Conselheiro de Sanidade, Juan José Güemes, “por suas declarações a favor do aborto ou a demissão da mesma presidenta da Comunidade, por engano aos votantes”, no caso de manter a Güemes em seu posto.

Francisco Torres García, porta-voz do AES, lembrou que Güemes, do Partido Popular (PP), declarou “que é necessário acrescentar aos supostos atuais que permitem o aborto na Espanha os prazos, o que de fato equivale à transformação da atual legislação em uma Lei de Prazos”.

García advertiu que com estas declarações, o Conselheiro de Sanidade “se situa na órbita da proposta socialista de reforma da Lei do Aborto” e “se adere à tese da ‘viabilidade do feto’”, que também compartilha José Luis Rodríguez Zapatero “e que caberá ao Tribunal Constitucional admitir a nova lei”.

“AES tem que denunciar mais uma vez a hipocrisia de um Partido Popular que se afirma defensor da Vida e que, ao mesmo tempo, apóia a Lei do Aborto atual e, à luz das declarações de Güemes, uma reforma da lei para incluir os prazos”, assinalou García.

Do mesmo modo, advertiu que de não cessar a Güemes, ficará entendido “que suas declarações são secundadas pelo PP madrileño e que, portanto, quem deve demitir é a própria Esperanza Aguirre por enganar a seu eleitorado”.