A Presidenta da Federação Pró-vida da Espanha, Alicia Latorre, denunciou que a eutanásia "é um gesto intolerante de falta de humanidade" e seus promotores "falam com eufemismos como ‘direito a morrer com dignidade’, ‘soluções compassivas’", enquanto "difundem a idéia de que há vidas que não merecem a pena".

Assim o expressou Latorre na carta de apoio que enviou ao Primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, a quem expressou seu "total apoio e admiração por sua firmeza e sua integridade no caso de Eluana Englaro", a italiana de 37 anos que se encontra em coma como conseqüência de um acidente de tráfico sofrido em 1992 e cujo caso mantém na expectativa à Itália e à comunidade internacional.

Para a líder pró-vida "em relação às pressões pró-eutanásia, observamos na Itália o mesmo processo que se está seguindo na Espanha e todos os países onde quer introduzir a eutanásia", adverte na carta.

Latorre diz que "não é verdade que a defesa da vida e o reconhecimento da pessoa seja uma questão religiosa ou política, porque este assunto é próprio de qualquer ser humano" e precisa que "são muitas as vozes que se levantam pedindo que Eluana tenha direito a morrer quando de forma natural termine sua vida, não quando ninguém programe sua morte".

"Porque sabemos as pressões que você está sofrendo, admiramos ainda mais sua valentia. Estes grupos de pressão, radicais e minoritários ligados a partidos de extrema esquerda e a associações também minoritárias como na Itália a Fundação Luca Coscioni ou na Espanha Direito a Morrer Dignamente, recebem grande respaldo econômico de outras associações que querem espalhar seu negócio e que contam com recursos internacionais", acrescenta.

A Presidenta da Federação Pró-vida conclui: "o progresso não é tirar do meio aos fracos, não é decidir quem deve ou não deve morrer. É progresso valorar e ajudar a todos os membros da sociedade, especialmente aos mais débeis e procurar sempre soluções aos problemas".