Às 20:10, hora local, morreu vítima da eutanásia praticada desde sexta-feira com a progressiva suspensão da alimentação e hidratação, Eluana Englaro, a italiana de 37 anos que há 17 estava em estado de coma.

Depois de quatro dias desde que se iniciou a suspensão da hidratação e alimentação; e no meio do debate de uma lei que poderia tê-la salvado, com todo o país centrando sua atenção nela, Eluana Englaro faleceu na clínica La Quiete em Udine.

Conforme indica o jornal La Repubblica, ao conhecer a notícia logo depois de uma chamada Telefónica, Beppino Englaro, o pai de Eluana, assinalou: "sim, deixou-nos. Mas não quero dizer nada, quero mais do que nada ficar sozinho". Como se lembra, o Sr. Englaro foi quem solicitou se retire à sua filha a alimentação e hidratação até causar-lhe a morte. Foi também ele quem levou desde  Lecco a Udine a sua filha para que a submetessem à eutanásia que acabou com a vida de Eluana.

A confirmação da morte de Eluana Englaro chegou da Presidente de La Quiete, Ines Domenicali: "está morta, não saberia dizer a hora, não me perguntem outra coisa". Enquanto isso, nos subúrbios deste recinto onde levaram a Eluana retirando-a do cuidado das irmãs da Misericórdia de Lecco que tinham se dedicado a ela, cerca de 200 católicos que estavam reunidos rezando por Eluana oram agora pela alma desta mulher.

Foram muitos os pedidos, comunicados e exortações, para que não se acabasse desta forma com a vida desta jovem mulher, em um caso que os promotores da eutanásia empurraram para sentar um precedente que permita mais adiante descriminalizar esta prática anti-vida na Itália.

Neste caso, a opinião dos italianos apoiava em 70 por cento a eutanásia de Eluana Englaro. Devido à cobertura do vaticanista Sandro Magister e do jornal do Episcopado italiano, L'Avvenire, essa situação mudou dramaticamente. O jornal Corriere della Sera deu a conhecer hoje, o mesmo dia da morte desta mulher, que essa cifra se reduziu a menos de 50 por cento.