Em uma declaração dada ontem pela tarde, o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, precisou que "a condenação das declarações negacionistas do Holocausto não podia ser mais clara", saindo ao passo de distintas informações aparecidas nos meios seculares.

Na declaração, o sacerdote explicou que "a propósito de novas petições de que se esclareçam posições do Papa e da Igreja Católica sobre o tema do Holocausto, se deve lembrar que o Papa expressou com muita claridade seu pensamento sobre este tema na Sinagoga de Colônia, em 19 de agosto de 2005, no campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, em 28 de maio de 2006, na sucessiva Audiência Geral de 31 de maio de 2006, e mais recentemente ao final da Audiência Geral de 28 de janeiro passado, com palavras que não dão lugar a equívocos".

Nesta última ocasião disse entre outras coisas, recordou o Pe. Lombardi, o Papa disse o seguinte: "Enquanto renovo com afeto a expressão de minha total e indiscutível solidariedade com nossos irmãos destinatários da Primeira Aliança, espero que a memória da Shoah induza à humanidade a refletir sobre o imprevisível poder do mal quando conquista o coração do ser humano. Que a Shoah seja para todos uma advertência contra o esquecimento, a negação e o reduzionismo".

Por isso, precisou, "a condenação das declarações negacionistas do Holocausto não podia ser mais clara, e pelo contexto resulta evidente que se referia também às posições de Dom Williamson", um dos quatro bispos lefebvristas a quem faz uns dias lhe foi levantada a excomunhão que pesava sobre eles desde 1988 "e a todas as posições análogas".

"Nessa mesma ocasião (na Audiência de 28 de janeiro) –concluiu– o Papa explicou claramente também que o objetivo da revogação da excomunhão não tem nada que ver com uma legitimação das posições negacionistas do Holocausto, claramente condenadas pelo pontífice".