O Arcebispo de Madrid, Cardeal Antonio Maria Rouco, destacou o papel da associação Mãos Unidas a favor dos mais necessitados e assinalou que o combate à fome é um projeto que envolve a todas as pessoas.

“Não podemos ficar tranqüilos enquanto tantos nossos irmãos seguem tendo carências fundamentais em elementos tão básicos em sua vida como o alimento, o vestido, a saúde ou a educação”, expressou o Cardeal ao referir-se à Campanha contra a Fome, convocada pela associação.

Em sua carta pastoral titulada “Combater a fome, projeto de todos”, recordou que o amor de Deus é o que move a ir “em auxílio dos que padecem estas necessidades”, levando-lhes "o amor de Deus, que permanece fiel a seu amor criador, e nos convertemos em suas mãos que os alimenta, cura e consola”.

O Cardeal Rouco recordou que Mãos Unidas nasceu do compromisso, faz cinqüenta anos, de um grupo de mulheres da Ação Católica que não foram indiferentes ao manifesto da União Mundial de Organizações Femininas Católicas que denunciou a fome no mundo.

O Arcebispo assinalou que “movidas pelo amor de Cristo”, estas mulheres deram “um passo decidido à frente” e iniciaram a “Campanha contra a Fome” que depois desembocaria na constituição “da associação ‘Mãos Unidas – Campanha contra a Fome’ para a estabilidade do caminho empreendido”.

“Ao longo destes anos, Mãos Unidas realizou multidão de projetos para o desenvolvimento integral de nossos irmãos mais necessitados, convertendo-se na associação pública de fiéis encarregada pela Igreja na Espanha para a ajuda ao desenvolvimento no Terceiro Mundo (…). Como não nos alegrar e dar graças a Deus por esta formosa obra dela?”, expressou.

Entretanto, advertiu que hoje segue sendo necessário “olhar ao Senhor e escutar sua Palavra” para “dar a vida e nossos bens ajudando a tantos irmãos nossos que, entre nós ou em outros países, sofrem pela fome e o subdesenvolvimento”.

Por isso, o Cardeal convidou aos católicos a “renovar em nossos corações o impulso que conduziu a estas mulheres a começar esta grande obra, confiadas na força do Senhor”.

Finalmente, depois de dar graças a Deus “por tanta generosidade derramada”, o Arcebispo de Madri pôs “em mãos de nossa Mãe a Virgem de La Almudena, a continuação desta formosa obra ao serviço dos mais pobres e necessitados”.