Em um comunicado dado a conhecer hoje, a Presidência da Conferência Episcopal da Venezuela (CEV) expressou seu "consternação e dor pela violação do recinto sagrado e a profanação dos símbolos religiosos mais queridos da religião judia no sábado 31 de Janeiro na Sinagoga Principal de Maripérez em Caracas".

Este fato inédito, prossegue o texto da CEV, "na história de nosso país, está afastado do espírito de tolerância e acolhida que é tradicional no povo venezuelano; além disso atenta contra o direito fundamental consagrado em nossa Constituição da pessoa à liberdade religiosa".

Do mesmo modo, os prelados precisam que "nenhuma pessoa ou grupo religioso deve ser coagido ou atemorizado a obrar em matéria religiosa, contra sua consciência, nem ver impedidas o ensino ou profissão pública de sua fé. É obrigação do poder civil proteger e promover este direito, ao igual aos outros direitos invioláveis do homem".

Depois de expressar "aos membros da comunidade judia de Caracas e Venezuela nossa oração e solidariedade ante estes lamentáveis fatos vandálicos", os bispos venezuelanos fazem votos para que "a violência e intolerância ceda o passo à concórdia e diálogo entre todos os habitantes do país, sem importar qual seja sua origem, raça ou credo religioso".

Conforme explica o jornal El Nacional "um grupo de pelo menos 15 homens armados penetrou na sexta-feira na noite a sinagoga, durante várias horas se dedicaram a destruir objetos sagrados e pintar ordens nos muros até a madrugada do dia seguinte quando escaparam".