O Presidente da Bolívia, Evo Morales, disse esta quinta-feira no Brasil, no contexto do Foro Social Mundial que a Igreja Católica na Bolívia é a “principal inimiga” das reformas que seu governo quer implementar em seu país e, disse que era necessário substitui-la.
Durante sua conferência, Morales assinalou que “na Bolívia apareceram novos inimigos, já não só a imprensa da direita, mas também grupos da Igreja Católica, os líderes da Igreja Católica que são inimigos das transformações pacíficas”.
Logo, fazendo referência ao lema do Foro Social Mundial “quero lhes dizer que assim como se grita permanentemente ‘Outro mundo é possível', eu quero lhes dizer outra fé, outra religião, outra igreja também é possível irmãs e irmãos”.
Morales participa do Foro Social Mundial, junto a seus colegas do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva; Equador, Rafael Correia; Paraguai, Fernando Lugo, e Venezuela, Hugo Chávez, e cerca de quatro mil movimentos sociais de esquerda.
O ataque do Presidente boliviano à Igreja se soma a outro que realizou o dia prévio em La Paz diante da imprensa estrangeira, quando acusou à Igreja de tratar de impedir a vitória do Sim ao projeto de Constituição, que foi passada no referendum celebrado no domingo passado.