Ao receber esta manhã aos membros da Comissão Mista Internacional para o diálogo teológico entre a Igreja Católica e as Igrejas Orientais Ortodoxas ao final do sexto encontro desse organismo celebrado em Roma, o Papa Bento XVI os alentou a "procurar a reconciliação e a comunhão no Corpo de Cristo, que é a Igreja".
Em seu discurso, o Papa recordou além que cada um dos membros contribui a estes encontros "não somente a riqueza das próprias tradições, a não ser o empenho das Igrejas envolvidas neste diálogo para superar as divisões do passado e reforçar o testemunho unido dos cristãos frente aos enormes desafios que confrontam hoje os crentes".
"O mundo necessita um sinal visível do mistério de unidade que une às três pessoas divinas e que, faz dois mil anos foi revelado mediante a Encarnação do Filho. Nossa comunhão mediante a graça do Espírito Santo na vida que une ao Pai e ao Filho tem uma dimensão perceptível dentro da Igreja, o Corpo de Cristo e todos temos o dever de manifestar essa dimensão essencial da Igreja ao mundo".
Bento XVI também ressaltou que este sexto encontro se centrou "precisamente no estudo da Igreja como comunhão", e que o fato de que "diálogo prossiga ano após ano cada vez em uma sede das diversas Igrejas representadas é, de por si, um sinal de esperança e alento".
"Basta pensar no Oriente Médio, de onde vêm muitos de vós para ver com quanta urgência se necessitam sementes de esperança em um mundo ferido pela tragédia da divisão, o conflito e o imenso sofrimento humano", precisou logo.
Ao finalizar, o Papa recordou a recentemente concluída Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos na Basílica de São Paulo Extramuros . O Apóstolo dos Gentis, disse o Papa, foi "o primeiro defensor e teólogo da unidade da Igreja. Seus esforços e sua luta se inspiraram constantemente em manter uma comunhão, visível e não puramente exterior, senão real e plena entre os discípulos do Senhor".