Na conferência de imprensa realizada esta manhã para apresentar a Mensagem do Papa Bento XVI para a Jornada Mundial da Paz 2009, o Diretor da Sala Stampa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, assinalou que a Igreja defende o matrimônio verdadeiro entre um homem e uma mulher; e não pode aceitar que se coloque no mesmo nível às uniões homossexuais.

Conforme informa L'Osservatore Romano, em diálogo com a imprensa, o sacerdote respondeu assim a uma pergunta de um jornalista que pediu se precisasse melhor a posição da Santa Sé ante a proposta francesa da "descriminalização" mundial da homossexualidade.

"Não me parece que o documento tenha sido apresentado e não acredito que seja apresentado na próxima Assembléia das Nações Unidas para uma votação. Então acredito que não é o caso gerar um polêmica sobre um texto do que não se conhece ainda o conteúdo oficialmente", disse logo o Pe. Lombardi.

"Entretanto –continuou– a posição expressa por Dom Celestino Migliore (Observador Permanente da Santa Sé ante a ONU) respondendo à pergunta de um colega seu me parece clara e digna de ser compartilhada por toda a Igreja. Ele disse que no que respeita à posição da Igreja a propósito de uma lei que penaliza aos homossexuais ou prevê a pena de morte, pois não há nada que discutir: é absolutamente contrária. É uma posição que respeita os direitos da pessoa humana em sua dignidade".

Seguidamente, o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé precisou que a Igreja Católica não aceita a discriminação contra os homossexuais. Entretanto, esclareceu, "opõe-se às perspectivas que levam a dizer que as orientações sexuais devem ser colocadas no mesmo plano em todas as situações e em relação a todas as normas". Um exemplo neste sentido, disse o Pe. Lombardi, é o do matrimônio: "o matrimônio entre um homem e uma mulher é o que a Igreja sustenta, e não aceita pôr no mesmo plano aquele entre pessoas do mesmo sexo".

O sacerdote aproveitou a ocasião também para criticar aos médios que com freqüência tergiversam ou manipulam as palavras do Papa quando precisou algum tema de importância e o enfrentam a ONU. "Considero que não é um comportamento exato, justo", disse.