Ao conhecer do falecimento esta manhã, à idade de 79 anos do Patriarca Alexis II, o Papa Bento XVI enviou um telegrama ao sínodo da igreja ortodoxa russa no que expressa suas condolências.

No texto, o Papa assinala que há "recebido com profunda comoção" a "triste noticia da morte de Sua Santidade Alexis II, de Moscou e de todas as Rússias e com afeto fraternal quero manifestar ao Santo Sínodo e a todos os membros da Igreja Ortodoxa Russa meu mais sentido pêsames, assegurando minha viziinhança espiritual neste momento de grande tristeza".

Do mesmo modo, o Papa pediu "ao Senhor que acolha em seu Reino de paz e de alegria eternas a este infatigável ministro dele e console a quantos choram sua dolorosa morte. Tenho presente  o compromisso comum no caminho da compreensão e a colaboração recíprocas entre ortodoxos e católicos e lembro os esforços do defunto Patriarca em pró do renascimento da Igreja, depois da dura opressão ideológica que causou o martírio de tantas testemunhas da fé cristã".

"Também lembro –continuou– a boa batalha em defesa dos valores humanos e evangélicos que levou a cabo sobre tudo no continente europeu e desejo que sua entrega de frutos de paz e progresso humano, social e espiritual".

Finalmente, disse Bento XVI, "na triste hora da despedida, enquanto seu corpo mortal se confia à terra em espera da ressurreição, espero que a memória deste servidor do Evangelho de Cristo ajude a quantos agora o choram e sirva de alento aos que recolherão sua herança na hora de guiar a venerável Igreja Ortodoxa Russa. Com afeto no Senhor Ressuscitado”.

Por sua parte, o Cardeal Walter Kasper, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, expressou sua dor em uma nota pela morte do patriarca, que “tinha sido chamado a guiar a Igreja Ortodoxa Russa em um período de grandes mudanças, e sua liderança fez possível que a Igreja confrontasse as mudanças de transição da era soviética até o presente com vitalidade interior renovada”.