Os bispos da região argentina Patagonia-Comahue, ao precisar em uma recente mensagem que o Natal nos descobre “quanto nos ama Deus” assinalaram que os fiéis devem ser “sinais e portadores desse amor”; e afirmaram por isso que “será verdadeiramente um Natal cristão se esse menino ou menina que passa fome encontra uma família que se interessa e se preocupa com ele”.

“Será também Natal, se esse ou essa adolescente ou jovem feridos pela violência, os vícios, a exploração sexual ou a marginalização, encontra uma comunidade que lhe oferece uma alternativa de mudança. Enfim será Natal se todo irmão ou irmã, cuja vida é ameaçada, encontra ‘um próximo’ que com sinais concretos lhe faz descobrir o valor de sua vida”, assinalaram os prelados.

Depois de lembrar o lema “Combater a pobreza, construir a paz” que o Papa Bento XVI propôs para 2009, os bispos assinalaram que “a pobreza que vivem muitos certamente tem suas causas e seus responsáveis. Não podemos à ligeira descartar nossas responsabilidades”.

“Se muitas das estruturas atuais geram pobreza, em parte se deve à falta de fidelidade ao evangelho de Jesus de muitos cristãos com especiais responsabilidades políticas, econômicas e culturais”, adicionaram.

Diante desta situação, os bispos da Patagônia assinalaram que “a Igreja deve ser ‘a casa dos pobres’ como lembrou o Documento da Aparecida”; e por isso precisaram que “neste Natal, nosso encontro com Cristo que nos traz a paz não pode deixar de passar pelo caminho de nosso compromisso por combater a pobreza”.

A mensagem foi assinado pelos bispos Virginio D. Bressanelli, de Comodoro Rivadavia; Esteban M. Laxague, da Viedma; Fernando C. Maletti, de São Carlos de Bariloche; Marcelo A. Melani, do Neuquén; Néstor H. Navarro, do Alto Vale do Rio Negro, e Juan C. Romanín, de Rio Gallegos.