O Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Cardeal Francis Arinze, assinalou que o Papa Bento XVI consideraria mudar o momento da saudação da paz ao momento do ofertório na Missa "para criar um momento de recolhimento enquanto nos preparamos para a comunhão".
Em ocasião de seus 50 anos de ordenação sacerdotal, L'Osservatore Romano entrevistou ao Cardeal quem explicou que atualmente se está refletindo sobre "uma colocação distinta do sinal da paz durante a Missa. Com freqüência não se compreende o pleno significado deste gesto. Pensa-se que é uma ocasião para estreitar a mão dos amigos, quando em realidade é um modo para dizer a quem está perto de um que a paz de Cristo, presente realmente no altar, é também para todos os homens".
Seguidamente precisou que "para criar um clima mais recolhido enquanto nos preparamos para a Comunhão, pensou-se mudar a saudação da paz ao ofertório. O Papa fez a consulta ao Episcopado e logo se decidirá".
O Cardeal Arinze explicou logo que seu dicastério "não é uma espécie de 'polícia' eclesiástica ou de 'interventora' para todos os problemas. O dicastério nasceu em primeiro lugar para promover o culto divino", embora "certamente não podemos fechar os olhos frente às situações objetivamente problemáticas".
O Prefeito disse logo que "na Redemptionis Sacramentum de 2004 se indica que muitos dos abusos" litúrgicos "não se devem a uma má vontade mas sim à ignorância. Alguns não sabem, mais ainda, não sabem que ignoram algo. Não se sabe, por exemplo, que as palavras e os gestos têm raízes na tradição da Igreja. Assim se acredita que sendo mais original e criativo mudando textos ou gestos. Frente a estas situações, é necessário reafirmar que a liturgia é sagrada e é a oração pública da Igreja".