Um centenar de prestigiosos médicos, juristas, políticos, historiadores e outros peritos espanhóis assinaram um manifesto em defesa da vida humana da concepção à morte natural e rechaçaram o "muito grave processo de depreciação" deste direito no país.
Os assinantes integram das Reais Academias de Medicina, Farmácia, Ciências Morais e Políticas, Exatas, Físicas e Naturais, Jurisprudência e Legislação, História e Belas artes.
O manifesto, cujos extratos foram difundidos pela imprensa local, denuncia que do PSOE e outros grupos se impulsionam propostas para liberalizar o aborto sob a chamada lei de prazos.
Os acadêmicos lamentam que "paulatina e inexoravelmente" imponha-se na legislação espanhola a possibilidade de experimentar com embriões humanos, ignorando que seu patrimônio genético da fecundação é "único e irrepetível".
Do mesmo modo, pedem que se inclua no artigo 15 da Constituição: “Todos têm direito à vida e à integridade física e moral”, a frase “da fecundação à morte natural”.
Também questionaram que o Ministro de Sanidade, Bernat Soria, manifestou-se a favor de legalizar a eutanásia com o nome de “suicídio assistido”.
Segundo o manifesto, estas situações confirmam a "trivialização e cosificação" da pessoa e do quebrantamento de sua dignidade.
“Uma sociedade que não respeita a vida é um sociedade doente que perdeu a esperança”, indicaram e solicitaram a promulgação de normas que protejam o direito a nascer reconhecendo “a personalidade jurídica do ‘nasciturus’ em todas as fases de seu desenvolvimento, sem esquecer ao embrião”.
Também pediram “fomentar e melhorar os cuidados paliativos para que quão doentes os precisam vivam seus últimos momentos com qualidade na atenção, com serenidade e com paz”.
Finalmente, propuseram que “se ajude efetivamente às mulheres grávidas pessoal, social e economicamente e fique ao seu dispor a ajuda necessária promovendo para isso centros de acolhida e atenção”.