ROMA, 11 de nov de 2008 às 15:21
O Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Cardeal Leonardo Sandri, fez um enérgico chamado para que cesse a violência anticristã "como sinal de respeito autêntico pela liberdade religiosa de todos os filhos e filhas da Índia", diante de milhares de fiéis católicos na localidade de Bharananganam.
Conforme informa L'Osservatore Romano, em sua visita que culmina hoje pelas celebrações da canonização da primeira Santa da Índia, Alfonsa da Imaculada, e em presença de católicos de rito siro-malabar, siro-malankar e latinos, o Cardeal disse este domingo que "a não violência é a única solução possível a todo tipo de conflito e isto começa com a vontade de instaurar uma solidariedade fraterna".
"Saibam –continuou– que Bento XVI tem no coração a quantos sofrem em Orissa e em outros lugares de sua nação. O Papa reza para que a paz, como nossa oração pelo pão cotidiano, seja concedida a toda a Índia e desapareça qualquer traço de discriminação".
O Cardeal Sandri destacou deste modo o testemunho da Santa Alfonsa, que é "para nós um exemplo da alegria que não termina onde começa a dor. Estou convencido de que quem enfrenta dificuldades são tentados com freqüência com a idéia de que Deus os esqueceu ou que já não os ama. Entretanto, Santa Alfonsa nos ensina que o sofrimento não deve diminuir a esperança, mas sim aumentá-la".
"Nem a pobreza nem as dificuldades são prova de que Deus nos abandonou. Ele está sempre presente ali onde seus filhos estão em dificuldade. Ele nos conforta e é nossa força. Lembrando a Santa Alfonsa, que nossa peregrinação de vida seja uma viagem empreendida com simplicidade e com a dignidade de ser herdeiros do Espírito de Deus", precisou o Cardeal.
Finalmente, o Cardeal manifestou que "tenho o privilégio de lhes transmitir as saudações do Bento XVI e sua Bênção Apostólica. Em 12 de outubro, logo depois da cerimônia de canonização de Santa Alfonsa, o Papa disse no Ângelus: 'desejo assegurar aos fiéis da Índia minhas orações. Confiando à divina solicitude de Deus Onipotente a quantos trabalham pela paz e a reconciliação, vos exorto a edificar uma civilização do amor'".