O Arcebispo de Antequera-Oaxaca, Dom José Luis Chávez Botello, questionou o interesse de certos setores por legalizar o cultivo e consumo de maconha no país, pois definitivamente não contribuirá com a tranqüilidade das famílias mexicanas.
“A quem se pretende beneficiar com esta proposta de lei? À sociedade? A quem a consome? Ou a quem poderá fazer negócios legais?”, perguntou o Prelado em um comunicado assinado também pelo Bispo auxiliar, Dom Oscar Campos Contreras.
No texto, o Prelado assinalou que “por trás da droga, da corrupção e da violência, está o dinheiro como valor supremo”. Indicou que tal como assinalam diversos peritos, esta enfermidade é diagnosticada como “desumanização” e crise de valores.
Dom Chávez Botello indicou que isso é certo, “pois enquanto o valor mais importante seja o dinheiro e não a vida e a dignidade das pessoas, se buscará incrementar o vício, o uso da força e nos encerraremos em nossas casas como em cárceres privados, procurando unicamente segurança, não respeito”.
Nesse sentido, advertiu que experiências como a da Holanda e Suécia, onde se legalizou o consumo de drogas, demonstram que isto não permitiu superar o problema, mas “pelo contrário o agravaram”.
Por isso, advertiu que legalizar a maconha, “mais do que uma batalha para construir uma sociedade melhor, parece ser mas bem uma retirada da luta; daríamos a mensagem de que não podemos superar uma enfermidade que, por sua gravidade e virulência, tem como meta destruir nossa sociedade”.
A fins de outubro, Víctor Hugo Círigo, líder do partido esquerdista da Revolução Democrática (PRD), o mesmo que descriminalizou o aborto nesta capital, apresentou um projeto que autorizaria a venda para consumo pessoal de maconha, assim como o cultivo desta planta em vivendas particulares. A proposta procura reformar a lei federal de saúde.