A diretora do Escritório Internacional da Fundação Vida, Paulina Sada, considerou que a atitude dos deputados do oficialismo uruguaio –que hoje votarão para descriminalizar o aborto em seu país- demonstra um “totalitarismo injustificável” por não respeitar a vontade da grande maioria de cidadãos que está contra esta prática.
“É um atentado flagrante contra a democracia e demonstra um totalitarismo injustificável para levar à frente suas medidas em clara fraude de lei", considerou Sada e exortou aos políticos a "pensar em que um voto afirmativo supõe a condenação a morte de milhares de seres humanos inocentes. Um 'sim' a esta lei significa passar à história à altura de Hitler ou Stalin".
"Uruguai não quer o aborto, como indicam as pesquisa, que mostram um descida muito clara entre os partidários da interrupção voluntária da gravidez, agora em clara minoria. Então para que cometer tantas ilegalidades? Estão vocês, senhorias, atirando pedras contra seu próprio telhado, pois estas manobras ditatoriais irão lhes cobrar nas próximas eleições, não só pelos votantes defensores da vida, mas também por mera higiene democrática", indicou Sada.
A Fundação Vida lembrou que "o aborto livre” somente causa “problemas sociais, como ficou demonstrado em todos aqueles países que o instauraram”.
"Se essa lei for aprovada, o partido do Governo, com a honrosa exceção do presidente, Tabaré Vázquez, tirou-se a máscara e demonstrará que persegue o controle despótico da população, incluindo o controle do pensamento. Com este projeto de lei quer dizer a cada pessoa o que pode e deve pensar, como se demonstra com a tentativa de limitar a objeção de consciência dos médicos, ou com a tentativa de doutrinar aos cidadãos da infância", denunciou.
Nesta jornada, a Câmara dos Deputados deve votar sobre o projeto de lei de saúde reprodutiva que na prática legaliza o aborto no Uruguai.