O presidente do Instituto de Política Familiar (IPF), Eduardo Hertfelder, exigiu ao Governo socialista publicar as cifras sobre o aborto de 2007 para que, com os números a disposição da sociedade, não se siga manipulando o debate sobre a nova lei de aborto.

Hertfelder assinalou que é “inaudito” que quando esta prática se converteu na principal causa de morte na Espanha, o Governo “seqüestre” os dados e insista em uma política “obsoleta e errônea que demonstrou obstinadamente seu fracasso”.

O presidente do IPF se referiu ao aumento de abortos em três comunidades autônomas (Madri, Andaluzia e Valência), que comparadas com as de 2006, dão um incremento de quase onze por cento.

Explicou que considerando estas cifras, projeta-se que o número de abortos a nível nacional para 2007 seja de 110 mil, que equivale à população total de Sória, Teruel ou Ávila.

Do mesmo modo, acrescentou, superou-se o milhão duzentos mil abortos desde que se legalizou esta prática em 1985, e cada dia deixaram de nascer 301 espanhóis.

Por isso, Hertfelder também exigiu ao Ministério de Sanidade “reorientar drasticamente sua política de saúde e sexualidade”, para deter e diminuir “este importante incremento de abortos, que faz que cada dia se produzam 300 abortos na Espanha”. A solução não está em dar novas leis que aumentem os abortos, assinalou.