Em uma declaração emitida hoje titulada "Cristo é nossa paz", os bispos e cardeais reunidos no Sínodo dos Bispos sublinharam a necessidade de defender os direitos das Igrejas Orientais, cujos fiéis católicos com freqüência sofrem perseguição por causa da fé.
Na mensagem dada a conhecer por L'Osservatore Romano e entregue ao Papa esta manhã, os assinantes deste documento agradecem primeiro ao Santo Padre "por elevar incansavelmente a súplica a Deus e a voz a favor dos irmãos e irmãs do Oriente. Com esse exemplo, também nós como discípulos de Cristo, pais e cabeças das Igrejas Orientais Católicas, renovamos a prece a Deus e exortamos a todos para que se confirme todo intento de favorecer a paz na liberdade, a verdade e o amor".
Depois de advertir que muitos destes irmãos sofrem os cardeais e bispos precisam que têm o "dever fazer-se intérpretes de suas justificadas esperanças por uma vida digna que se possa garantir a cada um em uma proveitosa convivência social".
Pedem deste modo e de maneira particular por "Terra Santa, onde nasceu Cristo Redentor, pelo Líbano, Iraque e Índia; para que em paz e justiça seja garantida uma verdadeira liberdade religiosa".
Logo depois de expressar sua vizinhança aos cristãos nestes lugares "e a quem está impedidos de professar sua fé", rendem comemoração "aos cristãos que recentemente perderam a vida em fidelidade ao Senhor" por causa da violência fundamentalista anti-cristã.
Deste modo fazem um chamado "aos cristãos e homens de boa vontade para que pratiquem o respeito e a acolhida do outro na vida cotidiana, fazendo-se próximos a quem está necessitados, próximos ou afastados"; "aos pastores e responsáveis religiosos para que preguem e favoreçam esta tarefa, apoiando e multiplicando as iniciativas de mútuo conhecimento, diálogo e apoio"; "à comunidade internacional e a todos os governantes para que garantam a nível legislativo a verdadeira liberdade religiosa superando toda discriminação e dando ajuda àqueles que são obrigados a deixar a própria terra por motivos religiosos".
A mensagem está assinada pelo Cardeal Tarcisio Bertone, Secretário de estado Vaticano; o Cardeal Leonardo Sandri, Prefeito da Congregação para as Igreajs Orientais; o Cardeal William Joseph Llevada; Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé; o Cardeal George Pell, Arcebispo de Sydney e Presidente Delegado do Sínodo; o Cardeal Odilo Scherer, Arcebispo do Sao Paulo e também Presidente Delegado do Sínodo; Dom Nikola Eterovik, Secretário Geral do Sínodo.
Deste modo assinam pelas Igrejas Orientais o Cardeal Nasrallah Pierre Sfeir, Patriarca da Antioquía dos Maronitas; o Cardeal Emmanuel III Delly; Patriarca de Babilônia dos Caldeus; o Cardeal Varkey Vithayathil; Arcebispo Maior de Ernakulam-Angamaly dos Siro-Malabares; Dom Antonios Naguib, Patriarca da Alejandría dos Coptos; Dom Gregorios III Laham, Patriarca da Antioquía dos Grego-Melquitas; Dom Nerses Bedros XIX Tarmouni, Patriarca de Cilícia dos Armênios; entre outros.