MEXICO D.F., 23 de out de 2008 às 09:15
O Bispo da diocese de Cidade Juárez (México), Dom Renato Ascencio, pediu através de uma carta pastoral aos responsáveis pela onda de seqüestros e assassinatos nesta convulsionada região fronteiriça, que se arrependam e reparem os males que causaram.
Dirigindo-se àqueles que "vieram a tirar a paz e a tranqüilidade na sociedade", o Prelado assinalou que "estamos vivendo tempos difíceis marcados por muitos acontecimentos escuros como são os assassinatos de mulheres faz vários anos, o narcotráfico, a onda de violência generalizada que se caracteriza por execuções a plena luz do dia e até em lugares públicos, seqüestros, assaltos e, ultimamente ataque maciços que nos estão falando de um verdadeiro terrorismo aonde morre cada vez mais gente inocente".
"Estes tempos –adicionou Dom Ascencio– nos oferecem um panorama escuro que podem desalentar a qualquer pessoa. Muitos, além de ser vítimas desta situação, padecem também um certo medo em confrontar a vida, seu presente e seu futuro".
A respeito, o Bispo convida aos fiéis a "lembrar as palavras de Jesus a seus apóstolos antes de subir ao céu: ‘saibam que eu estou com vocês todos os dias até o fim do mundo’".
"Jesus não nos abandona no meio do perigo, em meio da tempestade e da escuridão. Ele deu sua própria vida para que nós a tenhamos em abundância. Por isso, embora tudo a nosso redor parece trevas, Deus anima nossa esperança para um mundo melhor", adiciona a carta pastoral.
Dom Ascencio dirige um chamado específico aos criminosos responsáveis pela onda de violência lhes convidando a "a conversão, a mudança de vida e a reparação do dano feito: não esqueçam que um dia terão que apresentar-se diante de Deus".
Finalmente a "todos os homens de boa vontade", o Bispo os exorta a "não perder a esperança". "É verdade que esta etapa é muito difícil porém vamos superá-la com a ajuda e o poder de Deus. No rosto de Cristo ressuscitado podemos ver já qual é nosso futuro porque sua vitória sobre o pecado e a morte é já nossa vitória. vamos sair adiante!", conclui.