Dom Pedro Luiz Stringhini, Bispo Auxiliar de São Paulo (Brasil), censurou a decisão de um grupo de sacerdotes católicos da Arquidiocese de expressar seu respaldo político à candidata a governadora, a militante marxista e abortista Marta Suplicy, e assinalou que esta ação contou com o rechaço das autoridades da Igreja local.
Em um comunicado, Dom Stringhini relata que em 17 de outubro se realizou na região Episcopal de Belém, na Arquidiocese de São Paulo, “uma reunião com a participação de cerca de 200 pessoas, entre as quais 40 sacerdotes, 9 deles da Região Episcopal de Belém”.
Dessa reunião resultou o manifesto de apoio à candidata Marta Suplicy titulado “Católicos pela Justiça, a favor dos mais Pobres”, que foi duramente criticado por fiéis leigos e por organizações pró-vida e pró-família, já que a candidata do Partido de governo é uma das mais ardentes defensoras do aborto, os casamentos ” homossexuais e a eutanásia.
O Prelado assinala além que “dois dias antes, quando soube que se programou uma reunião a qual os sacerdotes estavam sendo convocados, eu estava reunido com doze sacerdotes. Expressei minha contrariedade e aconselhei que os sacerdotes da Região não participassem”.
No sábado, segue explicando Dom Stringhini, quando teve lugar a reunião, começaram a chegar chamadas telefônicas e mensagens de católicos e outros protestando contra a presença de sacerdotes no referido apoio (a abortista Marta Suplicy)”.
“Imediatamente, da rua, chamei à secretária da Região, pedindo que se avise aos 63 párocos da Região que ficava proibida a divulgação, nas Iglesias, da referida nota”, explicou o Bispo.
O Prelado recorda além que a Igreja não aprova a participação de sacerdotes em apoio de um manifesto de caráter político, partidário, eleitoral. O Evangelho desse domingo, precisamente exortava a ‘dar ao César o que é do César, e a Deus o que é de Deus’”.
“Hoje segunda-feira, posso informar que de fato não aconteceu a divulgação”, assinalou.
“Peço perdão aos católicos que se sentiram ofendidos e, em nome das comunidades e seus sacerdotes, desejo transmitir paz e serenidade através dos mesmos meios de comunicação que prontamente se empenham na divulgação de incidentes como os acima relatados”, conclui o comunicado do Dom Stringhini.