A porta-voz da plataforma Direito a Viver, Gádor Joya, denunciou que não existe um debate sobre a nova lei do aborto e que o Governo não escuta à sociedade porque não tem a capacidade para aceitar que esta não quer uma nova legislação sobre esta prática.

"Acreditam que o Governo não escuta à sociedade. Não o vemos com capacidade para aceitar que a sociedade não quer uma lei de aborto. Mas queremos que pelo menos fique retratado, que se veja que longe de ajudar às mulheres e alentar políticas sociais como seriam as ajudas à família e à maternidade, o  move a ideologia e a cultura da morte", expressou em declarações à Gazeta.

Joya assinalou que defender "a vida do mais fraco é progressista" e que mais da metade dos votantes do PSOE e do IU "querem deixar a lei como está". Entretanto, denunciou, o Governo recebe "aos representantes desse negócio" do aborto.

"O Governo tirou do nada que existe demanda social para que haja mais abortos, cria comissões para que pareça que existe debate, mas em realidade são os mesmos cães com distintos colares", indicou.

Por outro lado, a perita resgatou que já se comece a falar do síndrome post aborto "graças às mulheres que estão dando a cara". Joya criticou às clínicas abortistas e ao Governo por não ocupar-se das mulheres logo que se submeteram a esta prática. "A mulher sofre antes, durante e depois do aborto", assinalou.

Joya indicou que se deve obrigar por lei aos centros abortistas a dar toda a informação às mulheres antes de submeter-se a um aborto, a que "expliquem as alternativas, a que haja um período de reflexão pelo menos de 24 horas, a que se lhe mostre à mulher uma ecografia do filho que leva dentro".

Do mesmo modo, disse que a atitude do Partido Popular neste tema "foi morna", a pesar que "muita gente de suas bases está contra o aborto".

Joya assinalou que a luta contra o aborto é da sociedade e que "os cidadãos são os que temos levá-la para a frente".