O Instituto de Política Familiar (IPF) denunciou hoje que o número de abortos cresceu 35 por cento nos últimos quatro anos e 155 por cento nos últimos dez.

Segundo esta organização, uma de cada duas gravidezes das adolescentes terminam em aborto na Espanha e entrevista, em concreto, o ano 2006 com total de 13 mil e 894 abortos. Também acrescenta que cada dia aborta uma garota menor de 15 anos.

Do mesmo modo, denuncia que Extremadura é a comunidade autônoma com maior percentagem de abortos adolescentes, já que um de cada cinco abortos (19,9 por cento) é de garotas de menos de 20 anos. Seguem-lhe Canárias (17), Andaluzia (16,6) e Castilla La Mancha (16). Por contra, La Rioja (10,23), País Basco (10,94), Navarra (11,37) e Madri (11,57).

Diante disto, o IPF considera "evidente" o fracasso da pílula do dia depois e "constata" uma relação direta entre o aumento de seu consumo e o aumento dos abortos.

"Cada meia hora aborta na Espanha uma garota de menos de 20 anos e além disso, cada dia há mais de um aborto de meninas de menos de 15 anos (496 abortos em 2006). E o 99,5% dos casos se aduziu risco psíquico e físico da mãe. Estes dados nos devem fazer refletir sobre o que está passando, assinala Eduardo Hertfelder, presidente do IPF.

Além disso, considera que as administrações fracassaram com uma política "errônea e tresnoitada", e lhes acusou de estar provocando o incremento do número de abortos. Assim, considera "evidente" que se imponha uma mudança de estratégia nesta matéria frente a "a obcecação ideológica e sectária na promoção indiscriminada da pílula do dia depois entre adolescentes e o aborto como solução".