O Movimento Cristão Liberação (MCL), denunciou que três prisioneiros políticos de consciência se viram obrigados a realizar uma greve de fome, logo que agentes de segurança confiscassem a um deles vários livros religiosos como “As Confissões de Santo Agostinho”.

“A saúde destes prisioneiros já de por si precária, agrava-se por esta greve de fome –desde 18 de setembro-, que é provocada deliberadamente, pois as autoridades sabem que frente às humilhações e os maus tratos apelarão a esse recurso para defender sua dignidade”, assinalou o MCL através de um comunicado.

Os presos políticos em greve são Adolfo Fernández Sains, Pedro Argulles Morán e Antonio Ramón Díaz Sánchez; encerrados na prisão de Canaletas, na província de Ciego de Ávila.

Conforme se indicou, agentes de segurança confiscaram Fernández vários escritos de conteúdo religioso. Logo depois de declarar-se em greve de fome, seguiu-lhe em solidariedade Antonio Díaz, um dos principais líderes do MCL e condenado a vinte anos.

O movimento dissidente também informou que Díaz se encontra delicado de saúde, agravado pelo estresse, “a falta de estabilidade na dieta prescrita pelos médicos e o fato de estar amontoado em uma cela de pouco mas de 5 metros de largura por 5 de comprimento, junto com 26 prisioneiros comuns”.

Nesse sentido, depois de assinalar que já fizeram “cinco anos e seis meses na prisão junto a prisioneiros comuns de alta periculosidade e em condições desumanas”, o MCL lembrou que estes três prisioneiros e todos os Prisioneiros da Primavera de Cuba, “foram condenados injustamente, em julgamentos sumários e falsos e sem direito à devida defesa sem que nenhum participasse de atos violentos”.