O Arcebispo de La Plata, Dom Héctor Aguer, denunciou a existência de “um conceito relativista de discriminação que não distingue entre o bem e o mal”, e que termina promovendo pseudos direitos como o aborto e falsas instituições como as uniões homossexuais.

No programa Chave para um Mundo Melhor, o Prelado advertiu, nesse sentido, que este conceito relativista de discriminação termina ao final discriminando ao não nascido ao “incluir o suposto direito ao aborto”.

“Outra das aplicações deste conceito relativista da discriminação se ventila a propósito da união civil de pessoas do mesmo sexo que se vai convertendo, pouco a pouco, em uma espécie de instituição”, indicou. Dom Aguer assinalou que “os direitos das pessoas que vivem nessa situação poderiam assegurar-se no âmbito do direito privado, pelo contrário se instala no direito público uma instituição ambígua”.

Nesse sentido, lamentou que o Instituto Nacional contra a Discriminação (INADI), utilize este conceito relativista e termine ao final discriminando à criança por nascer e à instituição do matrimônio.

“É curioso que esse organismo estatal agora tente formar aos docentes neste critério relativista da discriminação, com o propósito de ir mudando a cultura, de ir alterando a cultura popular, de ir trocando a mentalidade da gente. Quer dizer: vai operando uma cuidadosa lavagem de cérebro da população argentina”, advertiu.

Dom Aguer disse que embora algumas pessoas possam dizer que “se deixará lavar o cérebro aquele inadvertido ou pouco entendido”, o real, advertiu, “é que o poder dos meios é impressionante” e se irão criando situações ambíguas que levem a população a acreditar que, sob uma mal entendida tolerância, “tudo é igual”.

“O relativismo o definiu muito bem, sem pensá-lo, aquele inefável personagem de Juan Carlos Altavista que era ‘Minguito’, quando dizia: ‘seigual’. Mas já vemos que, depois de tudo, não é tão igual. E os encarregados de combater a discriminação resultam finalmente perigosos discriminadores”, assinalou.