VATICANO, 20 de set de 2008 às 11:03
O Papa Bento XVI fez um chamado a proclamar a esperança cristã como resposta a um mundo que perdeu o caráter sagrado, em uma época caracterizada por “uma preocupam-se cultura do vazio”.
“Em um mundo desacralizado e em uma época marcada por uma preocupante cultura do vazio e do sem-sentido, estão chamados a anunciar o primado de Deus e a apresentar propostas de eventuais novos caminhos de evangelização", disse o Papa.
O Papa pronunciou estas palavras em um discurso dirigido aos participantes no congresso internacional de Abades Beneditinos celebrado em Roma, aos que recebeu na residência de Castelgandolfo.
Dirigindo-se aos beneditinos, assegurou que em seus monastérios têm a Cristo como “hóspede, amigo e companheiro”. Também lhes lembrou que os beneditinos são custódios do patrimônio de uma espiritualidade ancorada no Evangelho e lhes exortou a dedicar-se "com renovado ardor apostólico aos jovens, que são o futuro da Igreja e da Humanidade".
O Santo Padre lhes lembrou que “o compromisso de santificação pessoal e da comunidade” junto à “oração litúrgica permite cultivar um testemunho particularmente eficaz”.
“Com humilde confiança nunca se cansem de compartilhar sua preocupação espiritual, a riqueza da mensagem evangélica, que se resume no amor misericordioso do Pai, disposto a abraçar a Cristo em cada pessoa. Sigam brindando sua valiosa contribuição à vitalidade e a santificação do povo de Deus, de acordo com o peculiar carisma de São Bento de Núrsia”, indicou.
O Papa pediu dedicar-se “com renovado zelo apostólico aos jovens, que são o futuro da Igreja e a humanidade” porque “para construir uma Europa nova, é necessário começar pelas novas gerações”.
Do mesmo modo, mencionou a “famosa hospitalidade beneditina” através da qual podem “oferecer a homens e mulheres de nosso tempo, a oportunidade de aprofundar no sentido do infinito horizonte da esperança cristã”.
Sobre a “escassez de novas vocações” que enfrentam as religiosas beneditinas, o Papa pediu que não se desanimem, senão que encarem “estas crises dolorosas com calma e com a consciência de que no mundo é necessário nem tanto o êxito, mas sim o compromisso de fidelidade”.
“O que se deve evitar absolutamente é a perda da entrega espiritual a Deus e a sua vocação e missão”, precisou.